Muito se fala nos benefícios das experiências internacionais e seus desdobramentos, mas será que todos têm clareza de como isso se dá na prática? Podemos destacar aqui alguns desses benefícios como criação de networking, aprendizagem e aperfeiçoamento da proficiência em línguas, desenvolvimento de competências interculturais, alteridade, resiliência, adaptação, relacionamento interpessoal, entre outros. Mas o que de fato isso quer dizer?

A internacionalização traz consigo as diferenças culturais e linguísticas que as fronteiras e povos carregam. Uma simples conversa com um indivíduo de nacionalidade diferente já trabalha diversas vantagens adquiridas nesse processo, como a prática de idiomas, observação e interpretação de gestos, expressões e posturas do outro, saber ouvir atentamente para auxiliar na comunicação, se colocar presente no momento e absorver o que de melhor ele tem a oferecer.

Vivenciar experiências internacionais significa sair da zona de conforto, ou seja, sair do seu entorno habitual e se abrir ao diferente e, até mesmo, desconhecido. E, para além de se abrir, de fato se colocar nesse lugar diferente, no lugar do outro, entender seu ambiente e as variáveis que o influenciam para então entender os comportamentos e costumes. É, também, ter ciência de que já não se está em seu espaço, mas no espaço do outro, aprendendo a aceitar e adaptar-se às diferenças encontradas, sem anular a si mesmo, sabendo compartilhar, também, sua própria cultura, proporcionando interações de trocas.

E como isso nos favorece no nosso dia a dia? Em um mercado de trabalho cada vez mais interdependente, ou seja, com relações estabelecidas entre diversas nacionalidades, segmentos e origens, podemos nos deparar a qualquer momento com mudanças repentinas de realidade, participação em reuniões com parceiros internacionais conduzidas em outro idioma, trabalho direto com profissionais de culturas diferentes, busca por auxílio de um contato estabelecido em uma viagem, entre tantas outras situações que vão exigir de nós que sejam utilizadas todas essas competências desenvolvidas por meio do processo de internacionalização.

As vivências internacionais, sejam através do deslocamento para outro país, sejam através do contato com pessoas de diferentes nacionalidades, culturas e idiomas em nosso próprio espaço, são um exercício, um aprendizado e um gerador de experiências. E quando sabemos aproveitar tudo que esse processo nos oferece, seu efeito multiplicador nos traz diversos proveitos positivos que nos engrandecem como pessoas e profissionais.