Aniversário de Sorocaba: a história da cidade contada através das imigrações

Aniversário de Sorocaba: a história da cidade contada através das imigrações

Parabéns, Sorocaba! Em comemoração aos 369 anos da cidade, vamos contar sua história a partir de personagens importantes: os imigrantes. Que tal nos acompanhar nessa viagem no tempo e voltar ao século XIX?

Imigrantes espanhóis

Graças às propagandas do Brasil que eram divulgadas na Espanha no século XIX, muitos espanhóis vinham trabalhar em fazendas de café em São Paulo.  Após o pagamento da dívida e a conquista da liberdade, muitos se estabeleceram em Sorocaba, dada a fama que a cidade tinha de ser próspera e oferecer muitos empregos.

Em Sorocaba, o maior contingente imigratório foi de espanhóis e estes concentraram-se na região dos bairros: Além Ponte e Vila Hortência.

Parque dos Espanhóis, em Sorocaba (Fonte: SECOM)

Imigrantes italianos

Chegaram em Sorocaba a partir de 1885 e tiveram um papel importante na economia da cidade por trazer diversificação no comércio e maiores investimentos na indústria, sobretudo têxtil. Além disso, também foram responsáveis pela criação de escolas, com o objetivo de preservar costumes e a própria língua nativa.

A cultura italiana se faz tão presente na cidade que foi decretado, em 2018, o dia 2 de julho como o Dia da Comunidade Ítalo-Sorocabana, mesma data que o Dia Nacional da Itália.

Ato cívico realizado em 02/07/2023, em homenagem ao Dia da Comunidade Ítalo-Sorocabana. Fonte: Società Culturale Italiana Di Sorocaba

Imigrantes alemães

Começaram a chegar à região por volta de 1830, seguindo diretamente para a Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema, em Iperó. No entanto, muitos acabaram desistindo do trabalho árduo e migraram para a cidade de São Paulo.

Em Sorocaba, os alemães fundaram o extinto Clube Germânia, em 3 de novembro de 1866, onde, atualmente está o Gabinete de Leitura Sorocabano.

Gabinete de Leitura Sorocabano, localizado na rua Coronel Benedito Píres (Fonte: Portal Sorocaba)

Imigrantes japoneses

Todo mundo que mora em Sorocaba já ouviu falar da Praça Kasato Maru, no Campolim. O nome é uma homenagem ao navio de mesmo nome que trouxe os primeiros japoneses ao Brasil, em 1908.

O primeiro imigrante japonês a chegar em Sorocaba foi Nabek Shiroma, em 1918. Na cidade, os japoneses tiveram papel importante no ciclo da laranja, quando Sorocaba teve destaque sendo uma importante produtora e exportadora do produto.

Uma curiosidade interessante é que o relógio que está ao lado do Mercado Municipal foi um presente da Colônia Japonesa, em comemoração ao aniversário de 300 da cidade.

Monumento do relógio – Foto: Adilson Moreira

Imigração haitiana

Já no século XXI, o Brasil se tornou um país de destino para os haitianos, sobretudo, após a atuação no Haiti da MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), entre 2004 e 2017, com participação de militares brasileiros.

Com o estreitamento das relações entre os dois países, o Brasil passou a adotar uma política que mostrava hospitalidade em receber imigrantes haitianos no país, aumentando o fluxo imigratório dos que procuravam melhores condições de vida.

Muitos haitianos escolheram se estabelecer em Sorocaba por ser sede de uma região metropolitana e pela proximidade com a cidade de São Paulo (capital). Em uma igreja na Zona Oeste de Sorocaba, as celebrações são realizadas em francês e crioulo para que a comunidade haitiana possa participar.

DRI Indica

A dica de hoje é comemorar o aniversário da cidade no Paço Municipal. A Prefeitura de Sorocaba divulgou que no dia 15 de agosto, das 8h às 22h, todos poderão acompanhar demonstrações aéreas, desfiles com fanfarras, shows, espetáculos infantis e muito mais! Confira essa e outras atividades disponíveis na cidade durante o mês de agosto.

Para mais conteúdo como este, oportunidades internacionais e curiosidades culturais, siga o DRI Facens no Instagram: @dri_facens!

Austrália e Nova Zelândia: países sede da Copa do Mundo feminina e não é por acaso

Austrália e Nova Zelândia: países sede da Copa do Mundo feminina e não é por acaso

Mesmo que um país precise se candidatar, atender requisitos mínimos e ser eleito, parece que a escolha da Austrália e da Nova Zelândia para sediarem a Copa do Mundo de 2023 não foi ao acaso e carrega, até certo ponto, um simbolismo, já que os dois países foram propulsores, sobretudo, na conquista de direitos das mulheres.

Voto feminino

Os dois países foram os primeiros a garantir o sufrágio feminino no mundo. A Nova Zelândia concedeu o direito ao voto às mulheres em 1893, que já tinham, desde 1886, direitos políticos no âmbito municipal. A conquista do voto foi resultado de anos de esforço de campanhas sufragistas, lideradas por Kate Sheppard, que hoje estampa a nota de 10 dólares neozelandês. 

Nota de 10 dólares neozelandeses com o rosto de Kate Sheppard

Em 1894, o parlamento da Austrália do Sul aprovou o Constitutional Amendment (Adult Suffrage) Act, garantindo não somente o voto às mulheres, mas também que elas pudessem se candidatar para o Parlamento, tornando a Austrália o primeiro país a permitir que mulheres participassem da política em âmbito nacional. A Women’s Suffrage League foi o grupo mais influente no país, criado por Mary Lee e Mary Colton, contando, posteriormente, com a participação de Catherine Helen Spence.

Aborto

Em 2019, após estado de Nova Gales do Sul descriminalizar a interrupção da gravidez, o abordo se tornou legal em toda a Austrália. Na Nova Zelândia, o aborto foi descriminalizado no ano seguinte, em 2020, após uma consulta popular.

Licenças de trabalho às mulheres

Em 2018, Nova Zelândia foi o primeiro país ocidental a garantir que mulheres vítimas de violência doméstica tivessem direito a licença de dez dias. Em 2021, o país se tornou um dos únicos a oferecer licença por luto a pais que sofreram aborto espontâneo.

Combate à pobreza menstrual

Em 2021, a Nova Zelândia se tornou o segundo país do mundo a criar lei para distribuição gratuita de absorvente em escolas em combate à chamada “pobreza menstrual”. De acordo com a primeira-ministra da época, Jacinda Ardern, uma em cada doze jovens estavam faltando à escola por não ter condições e acesso à absorventes e tampões.

Todos os cargos mais altos ocupados por mulheres

Em 2006, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país a ter simultaneamente mulheres ocupando todos os cargos mais altos no país: rainha, governadora-geral, primeira-ministra, presidente da Câmara dos Deputados e chefe de justiça.

Além dos direitos das mulheres acima mencionados, cabe frisar a conquista também da classe LGBTQIAP+ com:

Casamento homoafetivo 

Em 2013, a Nova Zelândia foi o primeiro país da Ásia-Pacífico a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Austrália reconheceu em 2017.

DRI Indica

A dica de hoje é o filme As sufragistas, de 2015, disponível na Prime Video. Com um elenco de peso, o filme retrata a luta pelo direito de votos das mulheres no Reino Unido no século XX. Confira o trailer!

Copa do Mundo Feminina: programação e curiosidades da 9° edição para você

Copa do Mundo Feminina: programação e curiosidades da 9° edição para você

A nona edição da Copa do Mundo Feminina será disputada entre os dias 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia.

É a primeira vez que o campeonato acontece no hemisfério sul, em dois países simultaneamente e, com aumento, este ano 32 seleções femininas disputam o título mundial. A estreia da seleção brasileira será em 24 de julho, contra o Panamá.

A origem
A primeira edição da Copa Feminina, realizada pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), aconteceu em 1991, na China.

Na sua primeira edição, os jogos tinham apenas 80 minutos de duração, pois acreditavam que as mulheres não aguentariam o tempo comum de duração de uma partida de futebol, 90 minutos.


Campeãs da Copa do Mundo

No ranking dos títulos, os EUA assumem posição de liderança, já que ganharam quatro vezes a Copa do Mundo. Em segundo lugar temos a Alemanha, que é bicampeã. Também foram campeões o Japão e a Noruega. O Brasil, infelizmente, ainda não ganhou nenhuma edição do campeonato.

Mascote
A mascote dessa edição do campeonato é a Tazuni, um pinguim fêmea de 15 anos de idade apaixonada por futebol. Tazumi é a mistura das palavras Mar da Tasmânia e União, um valor fundamental da edição de 2023 da Copa.

Tazuni, mascote oficial. Fonte: FIFA

Onde assistir

Os jogos serão transmitidos pela Rede Globo e também no canal CazeTV, na internet.

Campanha “Monte Seu Pódio Copa Feminina” DRI Facens!

Gosta de futebol e vai acompanhar a Copa Feminina? Venha participar do “Monte seu Pódio Copa Feminina”, onde seu palpite pode valer uma bolsa de estudo de 100% no Instituto de Línguas da Facens.

Confira o regulamento clicando aqui! As apostas começam em 21/07/2023.

DRI indica

Em 2022, a FIFA lançou “Ícones”, um documentário dividido em cinco episódios, sobre a jornada inspiradora de cinco das maiores jogadoras da história do futebol feminino: Wendie Renard, Lucy Bronze, Asisat Oshoala, Carli Lloyd e Sam Kerr. Todos os episódios estão disponíveis no FIFA+. Confira o trailer a seguir.

Copa do Mundo Feminina de Futebol: jogadoras brasileiras rumo à Oceania

Copa do Mundo Feminina de Futebol: jogadoras brasileiras rumo à Oceania

Para quem estava com saudades daquele clima de Copa, temos uma boa notícia! A Copa do Mundo FIFA de Futebol Feminina de 2023 está chegando!

Veja quais foram as atletas convocadas e que já embarcaram para a Austrália nesta segunda-feira, 3 de julho, na composição da seleção brasileira comandada pela técnica sueca Pia Sundhage.

Contraste no país do futebol

Mesmo o Brasil sendo um dos times mais reconhecidos no futebol masculino pelo número de conquistas em Copas do Mundo (pentacampeão), o futebol feminino brasileiro ainda engatinha.

Com a recente divulgação das jogadoras acima mencionada, um fato desperta atenção: das 26 convocadas, 18 jogam em times internacionais e a própria técnica tampouco é brasileira. O por quê?

Salário, público, investimento e patrocínio

Além da baixa remuneração, pouca audiência do público e investimentos e, até mesmo, patrocínios que times femininos recebem é pouco significante se comparado com os masculinos.

A situação é um ciclo vicioso que precisa ser quebrado, pois sem investimento não há visibilidade.

Instabilidade

Pela falta de investimentos, a profissão é muito instável no país. Em 2012, por exemplo, o time feminino do Santos encerrou as atividades por falta de orçamento e só retornou em 2015.

Essa “emigração” de jogadoras brasileiras é tão grande que, de acordo com relatório divulgado pela FIFA em 2023, o Brasil é o segundo país com mais jogadoras transferidas para outros países.

Melhores condições de trabalho e vida

Além de buscarem melhores condições de vida, as jogadoras brasileiras encontram em outros países melhores condições de trabalho e qualificação profissional.

Diferente do Brasil, em países – na sua quase totalidade sediados na Europa – onde o futebol feminino recebe investimentos consideráveis, os Centros de Treinamentos possuem infraestrutura adequada, contando com técnicos e profissionais altamente qualificados, no suporte do preparo físico, técnico e psicológico de jogadoras com alto desempenho.

Fato é que o futebol feminino brasileiro precisa de cada vez mais visibilidade, e nós podemos ajudar nessa missão prestigiando os jogos que começam em breve!

Se prepare para prestigiar nossas jogadoras durante a Copa do Mundo Feminina de 2023. Se ligue nas redes sociais da Facens que, em breve, vem novidade por aí!

Entenda a diferença entre refugiado, imigrante, asilado político e apátrida, e suas definições

Entenda a diferença entre refugiado, imigrante, asilado político e apátrida, e suas definições

No dia 20 de junho, foi celebrado o Dia Mundial do Refugiado, data determinada pelas Organização da Nações Unidas (ONU) e, em 25 de junho, foi o Dia Nacional do Imigrante, instituída pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Mas você sabe a diferença entre imigrante e refugiado? E o que são asilados e apátridas? Entenda o significado de cada um desses termos, se conscientizando destas pessoas que estão a nossa volta.

Refugiados

Os refugiados são pessoas que sofrem perseguição em seu país de origem devido ao seu grupo social, etnia, religião, guerra, conflito interno, violação dos direitos humanos ou, no momento, também por questões climáticas.

Por este motivo, essas pessoas precisam se refugiar em outro local. De acordo com dados da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR – 2023), existem cerca de 35,3 milhões de refugiados no mundo atualmente. 

De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), em 2022, Roraima concentrou o maior volume de solicitações de refúgio.

Imigrantes

Os imigrantes são aquelas pessoas que deixam seus países de origem e vão viver em outro local por opção própria seja de forma temporária ou definitiva.

Os imigrantes temporários têm como objetivo passar um período de tempo definido em um outro país. Já os imigrantes definitivos são aqueles que não têm previsão de retorno ao país de origem, ou seja, planejam residir permanentemente no país de destino escolhido, no exterior.

Desde 1500, o Brasil recebeu portugueses, alemães, espanhóis e, principalmente, japoneses, sendo que é no país que a maior concentração de japoneses fora do Japão se encontra. De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, de 2010 a 2021, a maioria dos imigrantes que chegaram ao Brasil eram venezuelanos, haitianos, cubanos e senegaleses.

Na cidade de São Paulo, capital de um dos estados que mais recebe imigrantes no país, o Museu da Imigração reúne objetos, registros textuais e iconográficos, publicações e relatos orais que possibilitam uma compreensão maior sobre a imigração no Brasil.

Asilados políticos

São pessoas que foram obrigadas a partir de seus países de origem devido a perseguições políticas, como o próprio nome sugere.

Para ter direito ao asilo político é necessário que a pessoa comprove que está sofrendo algum tipo de perseguição. No entanto, mesmo tendo essa comprovação, cabe ao país de destino ao aceito ou não de tal solicitação.

Apátridas

Diferentemente dos demais casos acima mencionados, apátridas são pessoas que não possuem legalmente uma nacionalidade, uma pátria para chamar de sua.

Isso significa que não possuem acesso aos direitos básicos de um cidadão como educação, saúde, emprego etc. Segundo dados da ACNUR, na atualidade aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo são apátridas.

DRI Indica

O documentário Human Flow: Não existe lar se não há para onde ir, filmado ao longo de um ano em 23 países, mostra como é a vida e o cotidiano de refugiados e está disponível na Prime Video. Uma palhinha no trailer que se segue.

Alunos da Facens são aprovados para programas de intercâmbio e dupla-titulação

Alunos da Facens são aprovados para programas de intercâmbio e dupla-titulação

DRI Facens, Departamento de Relações Internacionais, divulgou os alunos aprovados nos programas Global Study e Dupla Titulação que levam os estudantes para diversas instituições internacionais parceiras que temos pelo mundo.

Global Study

Instituto Politécnico da Guarda – Portugal

Fernanda Pereira Zelizi

Luccas Fernando Almeida da Silva

Sofia Mela Belon

Instituto de Tecnologia Shibaura (Japão)

Gabriel de Carvalho Torres Luna

Gislaine de Oliveira Alves

Marcos Vinicius Folena

Rhuan Miranda Sartorte

Universidade de Lleida – Espanha

Camila Naguissa Yamaya

Gabriel de Barros Cruz

Gabriela Marques Silva

Giovani Leonardo Martins Gomes

Universidade Técnica Ingolstadt – Alemanha

Felipe Pires dos Santos

Jefferson de Sousa Santos

Luiz Henrique Aguiar Campos

Matheus Velloso Nogueira

Pedro Henrique Lisboa

Dupla Titulação

Universidade de Lleida – Espanha

Gustavo Silva Trevelato

Instituto Politécnico da Guarda – Portugal

Gabriel Natan Barbosa

Lucas Pereira de Santana

Maria Rafaella Camargo Oliveira

Wallace Jonathan Pinto

Só orgulho dessa galera! Parabéns e bons estudos, pessoal! 💙