A década de 1920 foi marcada por muitas mudanças sociais, políticas e culturais no mundo todo, decorrentes principalmente do fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Foi nesse contexto que aconteceu a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922.

Em 2022, comemora-se 100 anos desde a realização deste evento que marcou para sempre a arte Brasileira dentro e fora do país.

Durante aquela semana, foram expostas mais de 100 obras de artes plásticas, além de apresentações de peças de teatro e lançamento de livros.

O principal ponto que uniu os artistas que se apresentaram ali foi o desejo de romper com os padrões que existiam no mundo das artes até aquele momento.

Após passarem um período na Europa, diversos artistas começaram a perceber que o Brasil não estava sendo bem representado por meio da arte.

Além disso, tiveram contato com as chamadas Vanguardas Europeias, representadas por artistas de grande renome, como Pablo Picasso (cubismo) e Salvador Dalí (surrealismo).

Ao voltarem, uniram esse desejo de incluir o Brasil nas artes e o que haviam visto da arte europeia. Deram início ao Modernismo: um movimento artístico que procurou retratar o Brasil, sua cultura e suas tradições.

Cartaz de divulgação da Semana de Arte Moderna, em 1922

Cada um à sua maneira, esses artistas revolucionaram a arte brasileira quando uniram suas vivências no exterior e a realidade local, pois adquiriram uma nova forma de olhar para aquilo que já conheciam, resultando em novas formas de expressão.

Confira alguns artistas que fizeram parte deste evento histórico:

Anitta Mafatti

Anitta estudou na Alemanha e lá conheceu tendências artísticas como o expressionismo, que inspirou muito o seu trabalho.

Suas obras causaram polêmica na época, por romperem bruscamente com as tradições conhecidas.

“Topical”: Quadro pintado à óleo por Anita Malfatti, 1917

Oswald de Andrade

Na juventude, Oswald estudou durante muito tempo na Europa e conheceu alguns movimentos artísticos que vinham ganhando relevância lá.

Quando retornou ao Brasil, sua arte havia se tornado muito influenciada pelo modernismo europeu. Foi um dos organizadores da Semana de Arte Moderna, com o objetivo de divulgar no Brasil essa nova estética.

“Marco Zero I a Revolução Melancólica”: livro escrito por Oswald de Andrade, 1917

Victor Brecheret

O escultor passou boa parte dos anos da sua formação artística na Europa, o que influenciou muito o seu trabalho. Suas esculturas estavam entre as obras expostas na Semana de Arte Moderna.

“Monumento às Bandeiras”: obra de Victor Brecheret, 1921

Veja no vídeo a seguir mais algumas obras de artistas que fizeram parte da Semana de Arte Moderna:

Experiências para celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna!

Para celebrar os cem anos desse evento que marcou a história da arte no Brasil, uma série de exposições e eventos estão sendo realizados. Veja:

Até 29/05 – Exposição “Era uma vez o Moderno”, no Centro Cultural Fiesp, São Paulo.

Até 30/06 – Exposição “Esse Extraordinário Mário de Andrade” no Museu Afro Brasil,no Parque do Ibirapuera, em São Paulo

Até 10/07 – Exposição imersiva e interativa “Portinari Para Todos” no MIS Experience, São Paulo.

Até 18/12 – Ciclo de concertos “Clássicos Modernistas”, com a execução pela Osesp (Orquestra Sinfônica do estado de São Paulo) na Sala São Paulo de 122 obras de compositores influenciados pelo modernismo, São Paulo;

Para saber mais sobre os eventos comemorativos, consulte: Programação – Agenda Tarsila

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