Em 22 de abril de 1500, de acordo com a Carta de Pero Vaz de Caminha, Pedro Álvares Cabral e sua esquadra chegaram ao Brasil, desembarcando em Porto Seguro, Bahia.
Por mais que nesta data se celebre o descobrimento do Brasil, atualmente sabemos que este termo está em desuso, já que quando os portugueses chegaram ao Brasil já haviam nativos por aqui, certo?
Separamos povos que marcaram a história do país e são os responsáveis pela nossa brasilidade de hoje.
Povos indígenas
Estima-se que entre um e cinco milhões de índios* já estivessem no Brasil na chegada de Pedro Álvares Cabral, em 1500. Os tupis ocupavam a faixa litorânea entre o Ceará e Cananeia, em São Paulo. Os guaranis se espalhavam pelo litoral sul e interior, na bacia dos rios Panará e Paraguai.
*a palavra “índios” é uma referência às Índias, local ao qual os portugueses acreditavam ter chegado.
De acordo com o último censo demográfico publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o número de indígenas residentes no Brasil era de 1.693.535 pessoas, cerca de 0,83% da população total do país.
O hábito de dormir em redes é uma tradição indígena. Na Facens, em um dos nossos espaços de bem-estar, alunos e colaboradores podem descansar em alguma delas. Quem não gosta, não é mesmo?
Portugueses
Foi com as Grandes Navegações, séculos XV e XVI, que os portugueses chegaram ao país, em 1500. Já a colonização do Brasil pelos portugueses começou, de fato, em 1530, com uma expedição liderada por Martim Afonso de Sousa e se encerrou somente em 1822, com a Independência do Brasil dando início a era imperial.
Uma das maiores heranças deixadas pelos portugueses é, sem dúvida, a nossa própria língua, o português. Mesmo como idioma oficial, é nítido as diferenças entre o português falado por aqui e o de Portugal. É sobre isso que Zita Morgado, Gestora de Mobilidade da Universidade de Aveiro, parceira da Facens, fala neste episódio do nosso podcast.
Além disso, você já reparou que em bairros antigos, as casas são geralmente dispostas uma ao lado da outra, sem recuos laterais, e no limite das ruas? Pois é, isso também é uma herança dos nossos colonizadores portugueses.
Franceses
Em 1555, os franceses fundaram uma colônia na baía de Guanabara, que ficou conhecida como França Antártica. Embora a colônia tenha sido reconquistada pelos portugueses já em 1560, a presença francesa no Brasil continuou, já que ocuparam territórios mais ao norte e a nordeste do Brasil (a chamada França Equinocial), em busca de comerciar com os índios.
Uma das maiores heranças francesas no Brasil é o estilo arquitetônico. Um exemplo é o Palácio dos Leões, em São Luís, no Maranhão, construído pelos franceses em 1612 durante a ocupação na cidade.
Holandeses
Em 1624, holandeses ocuparam Salvador, na Bahia, causando impactos significativos na produção açucareira local. Mais tarde, em 1630, uma nova investida holandesa aconteceu, desta vez em Pernambuco. Em 1633, o Forte dos Três Reis Magos, em Natal, foi invadida pelos holandeses.
Durante o “Brasil holandês”, mesmo com avanços econômicos e científicos, houveram grandes conflitos, como a Insurreição Pernambucana, em 1645. Apenas em 1661 os dois países chegaram a um tratado que formalizou o fim dos conflitos e a saída holandesa do território.
Africanos
Com a alta demanda por mão de obra, tendo em vista que o Brasil era um grande exportador de açúcar, ouro e café, os portugueses trouxeram africanos ao país para serem escravos.
Na América, o Brasil foi o país que mais importou escravos africanos. Entre XVI e XIX, cerca de 4 milhões de homens, mulheres e crianças foram trazidos ao Brasil, o equivalente a mais de um terço de todo comércio negreiro. Dos 4 milhões, 70% eram da África Centro-Ocidental, região hoje ocupada pelo Congo e Angola.
A contribuição cultural trazida pelos negros africanos no Brasil é tanto que muito dela já fazem parte da cultura brasileira como a culinária (acarajé), as danças (samba), religiões (candomblé e umbanda) e palavras (bagunça, dengo).
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A gente já conhece muito bem como é celebrado a Páscoa pelo Brasil, mas você já se perguntou se é assim em outros lugares do mundo também?
Separamos aqui uma lista de países que celebram o feriado de uma forma diferente de nós, brasileiros. Confira!
A Páscoa
Feriado em celebração a ressureição de Jesus Cristo, a Páscoa, uma tradição cristã, ao longo dos anos se fundiu com cerimônias pagãs de primavera da Europa. Por conta disso, hoje em dia, a data é também associada a coelhos e ovos, por exemplo. Para muitas culturas, é símbolo de renovação, renascimento e esperança.
Escócia
Sendo uma data importante no país, a brincadeira mais popular é uma competição entre as crianças: elas rolam os ovos de galinha decorados por uma ladeira e o que chegar mais longe sem quebrar é o ganhador.
Além disso, nesta época, é popular o Hunting of the Gowk, que ocorre no dia 1º de abril. Nessa brincadeira, as pessoas enviam amigos e familiares em uma caça ao Gowk, termo escocês para bobo da corte, que é supostamente encontrado em lugares improváveis.
Austrália
Coelhinho da páscoa, o que trazes pra mim? Aqui não.
Enquanto em muitos países, a entrega dos ovos é de responsabilidade do coelho, do outro lado do mundo, na Austrália, quem distribui os ovos é o Bilby, um marsupial nativo do país. O coelho, conhecido pela sua capacidade de reprodução, representa uma praga para o ecossistema australiano e é um risco até para o Bilby, que pode ser extinto.
Outra tradição é o Sydney Royal Easter Show, um dos maiores festivais do país, recebe anualmente cerca de um milhão de pessoas e é marcado pela celebração da cultura australiana com um festival de agricultura, comidas típicas, jogos e competições.
França
Nem coelho, nem Bilby. Na França, o que traz os ovos da páscoa são os sinos!
Isso mesmo! De acordo com uma lenda, no sábado da Semana Santa, os sinos das igrejas voam até Roma, onde são abençoados. Ao retornarem ao país, deixam cair ovos, galinhas e coelhos de chocolate, que são caçados pelas crianças no domingo de Páscoa.
Espanha
Por lá, a semana toda de feriado e a celebração é marcada por procissões organizadas por grupos religiosos conhecidos como cofradías. Cada cofradía tem sua própria figura com representações de Jesus ou da Virgem Maria, geralmente carregadas por “nazarenos“, penitentes que usam túnicas e capuzes pontiagudos.
Peru
A Semana Santa no Peru também é marcada por procissões e até festivais gastronômicos. As cidades de Cusco, Ayacucho e Junín têm tradições que demonstram a devoção e a fé que misturam as crenças andinas e católicas.
Em Cusco, por exemplo, na Segunda-Feira Santa, acontece a procissão do Señor de los Temblores. Das varandas e sacadas das casas, são jogadas pétalas de ñucchu, uma planta de cor vermelha.
Entre os dias de 20 de março a 19 de abril, acontece na Facens, por meio de seu Departamento de Relações Internacionais (DRI), a exposição “Olhares chineses do Brasil e da América Latina: construindo pontes e conectando povos”.
A mostra é gratuita e tem parceria com o Museu de Arte Brasileira (MAB) e o Instituto Confúcio para Negócios da FAAP (IC FAAP), reunindo 40 fotos da agência de notícias chinesa Xinhua News, em celebração aos 50 anos de relações diplomáticas ininterruptas entre Brasil e China.
O Conselheiro da Educação da Embaixada da República Popular da China no Brasil, Dr. Wang Zhiwei, e representantes de empresas chinesas parceiras do Centro Universitário Facens, participarão da cerimônia de abertura, às 9h do dia 20 de março.
No dia 29/02, a divisão do Rotary de Intercâmbio de Novas Gerações, do distrito 4621, visitou o Campus da Facens. A equipe do DRI recebeu os convidados para uma papo sobre possíveis parcerias no futuro!
Estiveram presentes na visita James Alexandre Magnus Landmann, Chairman; Nelson Lima, Secretário Distrital 23-24; Rui Brasil Assis, Convidado Conselheiro; e Roseli Piovezani Assis, Diretora.
Dizem que o ano só começa depois do Carnaval. Seria esse o primeiro boletim internacional de 2024?
Brincadeiras à parte, continue lendo para saber o que aconteceu no mundo neste mês!
Grammy com polêmica
Há uns meses, divulgamos por aqui a lista dos indicados à maior premiação da música, o Grammy Awards. Contrariando as expectativas, o álbum “SOS”, da cantora Sza não venceu a categoria de Álbum do Ano, já que perdeu para o álbum “Midnights”, da Taylor Swift.
O cantor Jay Z, marido da cantora Beyoncé, não leva desaforo para a casa e decidiu hablar. No palco, ao lado da filha, ele criticou o fato da sua esposa nunca ter vencido como melhor álbum.
Por falar em Beyoncé…
Com o lançamento do seu novo single Texas Hold ’Em, em 11 de fevereiro, Beyoncé se tornou a primeira mulher negra a liderar as paradas do country da Billboard nos EUA, em um gênero musical geralmente associado a homens brancos.
Como uma alternativa para substituir os testes de cosméticos em animais, a tecnologia chamada human-on-a-chip ou body-on-a-chip (BoC) permite que impressoras 3D criem pele, fígado e intestinos artificiais. A técnica, desenvolvida em uma empresa alemã, vem ganhando espaço no Brasil.
Outra novidade é no mundo dos esportes. A empresa de materiais esportivos Wilson anunciou um novo modelo de bola de basquete impressa em 3D, a ““Airless Gen1”. Além de atender à todas as especificações de peso e tamanho, a bola não precisa ser inflada e não fica deformada com o passar dos anos, como as tradicionais.
Janeiro foi o mês mais quente
O ano começou com um recorde alarmante: janeiro foi oficialmente o mais quente já registrado, marcando o oitavo mês consecutivo de temperaturas altas para esta época do ano. As coisas estão ficando cada vez mais sérias e a gente já fez um alerta por aqui. Estaria a natureza em burnout?
Chip cerebral
A empresa Neuralink, do bilionário Elon Musk, implantou em janeiro um chip em um cérebro humano. O objetivo é que o chip capte ondas neurais e permita que o usuário controle dispositivos, como computadores e celulares, apenas com o poder da mente.
Neste mês, de acordo com um comunicado emitido por Musk, o primeiro ser humano a receber um chip já consegue mover um mouse usando apenas os pensamentos.
Novo recorde: russo passa quase 2 anos e meio no espaço
Oleg Kononenko, cosmonauta* russo, se tornou o ser humano a passar mais tempo no espaço. Até o momento, somando o período de todas as missões espaciais já realizadas por ele, totalizam-se quase 900 dias no espaço. A previsão é que até ano que vem ele atinja a marca de 1.100 dias fora da Terra.
Gennady Padalka, antigo detentor do título, passou 878 dias, 11 horas, 29 minutos e 48 segundos no espaço entre os anos de 1998 e 2015.
Após longos períodos no espaço, os humanos podem apresentar perda de massa muscular e óssea, diminuição da visão dado o achatamento das costas dos globos oculares, além de aumento na estatura e alterações no sistema circulatório.
*Cosmonauta é uma adaptação da palavra russa para astronauta.
Brasil fora dos Jogos de Paris de 2024
Mesmo com Endrick, craque do Palmeiras, a seleção brasileira sub-23 não participará dos Jogos Olímpicos de Paris deste ano, após perder para a Argentina. É a primeira vez desde 2004, nos Jogos de Atenas, que o futebol masculino não disputará medalhas.
O jeito será torcer ainda mais para as nossas meninas, que garantiram vaga já no ano passado e jogam em Paris.
O hexa do futebol veio aí, mas no de areia
No dia 25, domingo, após a vitória por 6 a 4 sobre a Itália, a seleção brasileira masculina de futebol de areia conseguiu o hexa campeonato. O Brasil é de longe o país com mais conquistas na Copa do Mundo desta modalidade. Não estamos ruins não!
DRI | Confira o que rolou em fevereiro
Tivemos um mês de muita internacionalização na Facens. Perdeu alguma coisa? Se atualize aqui.
– Abertura dos editais
A temporada de 2024 dos programas de estudo no exterior está oficialmente aberta. Não perca tempo e confira os editais e os destinos disponíveis por curso aqui
– Conexão Ásia
No último dia do UP Facens, por intermédio do DRI, a Japan Foundation, parceiro da Facens, realizou uma verdadeira Conexão Ásia, com perguntas sobre cultura japonesa, exposição de mangá, sorteio de livros e até um show de taiko.
– Alunos Facens aprovados no programa Aerospace Engineering
Os alunos Bruno Machado de Araujo (Análise e Desenvolvimento de Sistemas), Isabelle Munhoz Scarso (Engenharia da Computação), e William Mariano do Nascimento (Análise e Desenvolvimento de Sistemas) foram aprovados no programa Aerospace Engineering e participam do programa junto com alunos da University of Illinois Urbana-Champaign/ EUA.